Como está a paz no mundo?

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Desde o fim da Segunda Guerra Mundial a quantidade de conflitos e guerras entre nações vem diminuindo consideravelmente. Mas na última década, o mundo ficou um pouco menos pacífico. O terrorismo e o número de vítimas por conflitos internos aumentaram.

A pesquisa Global Peace Index, realizada anualmente em 160 países pelo Institute for Economics and Peace da Austrália, mostrou que nos últimos 7 anos, ocorreu um distanciamento entre os países mais pacíficos e aqueles menos pacíficos. Nos países menos pacíficos, cresceu o número de refugiados, vítimas de conflitos internos, atos de terrorismo, manifestações violentas e aumentou a percepção da criminalidade. O total de pessoas refugiadas e deslocadas por conta dos conflitos armados mais que dobrou na última década, atingindo 36 milhões de pessoas no Oriente Médio e Norte da África.

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E o Brasil? Dos 162 países pesquisados, nosso país está na 103a colocação, bem abaixo dos países mais pacíficos do mundo. No Brasil, o custo resultante da violência (mortes e perdas) somado ao de sua prevenção (polícia, vigilância privada, sistema prisional e forças armadas) foi de US$ 255 bilhões, o equivalente a 10% do Produto Interno Bruto. Com isso, o país está em 5olugar no mundo entre os que mais gastam ou perdem com a violência, abaixo apenas dos EUA, China, Rússia e Índia.

Apesar sermos um país pacífico em relação aos vizinhos, temos a pior nota no quesito Homicídios, 5, sendo 1 a melhor nota, seguido de Acesso a armas, Percepção da criminalidade, Terror político, Manifestações políticas, todas com nota 4.

No quesito Homicídios, o Brasil é o 12ocolocado com uma taxa de 25 casos a cada 100.000 habitantes, apenas uma posição melhor que Ruanda, e pior que o Afeganistão e o Iraque que têm uma taxa de 15 casos a cada 100.000 pessoas.

De acordo com a mesma pesquisa, o número de pessoas que têm o privilégio de viver em países pacíficos ainda é pequeno: 500 milhões de pessoas estão nos 20 países mais pacíficos do mundo e 2,3 bilhões nos 20 países menos pacíficos.

A humanidade enfrenta desafios sem paralelo na história; os mais urgentes são globais em sua natureza e pedem soluções igualmente globais, o que demanda ações em uma escala sem precedentes, e novas formas de se pensar sobre a paz.

Wan Yu Chih
Presidente da Comissão Distrital da Fundação Rotária 2016-2019

Do que morre a nossa população?

GBD – Global Burden of Disease (fardo global da doença, em inglês) é nome de um consórcio internacional coordenado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation dos EUA, patrocinado pelo Banco Mundial e Fundação Gates. Anualmente, mais de 1.000 pesquisadores do mundo inteiro enviam dados de seus países para um mapeamento gigantesco das causas de mortalidade no mundo.

Das seis áreas de foco para financiamento de projetos humanitários pela Fundação Rotary, duas pertencem à saúde: Prevenção e Tratamento de Doenças e Saúde Materno-Infantil. Então, quais seriam as principais doenças que podemos ajudar a combater?

De acordo com os resultados da última edição, em 2013, os motivos que ocasionaram maior número de mortes em crianças menores de 5 anos no Brasil foram: Parto prematuro (NN Preterm), com 20,8% dos casos, Doenças congênitas (Congenital), 20,8%, Infecção devido ao parto (NN Spesis), 10,6%, Encefalia por asfixia ou trauma durante o parto (NN Enceph), 9,9%, e Infeccções Respiratórias (LRI), com 7,9%.

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Agora, as doenças ocasionaram que maior número de mortes na população brasileira como um todo foram: as Doenças do coração (IHD), com 14,5%, Derrame cerebral (Stroke), 11,5%, Infecções respiratórias (LRI), 5,6%, Problema respiratório crônico (COPD), 5,0%, e Alzheimer, com 3,8%.

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Somadas, as Doenças do coração e Derrame cerebral são chamadas de doenças cardiovasculares e respondem por 26,0% do total de mortes. Do mesmo modo, os 29 tipos de câncer somados respondem juntos por 17,2% dos casos, dos quais o de maior incidência é o câncer de pulmão com 2,3%.

Wan Yu Chih
Presidente da Comissão Distrital da Fundação Rotary 2016-2019

Como buscar a Paz?

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Como buscar a Paz entre nações em guerra?

Toda situação de conflito caracteriza-se pela presença de três tipos de violência: a física, cultural, e estrutural. Para eliminá-las, pode-se adotar um processo de três etapas: o “Peacekeeping”, o “Peacemaking”, e o “Peacebuilding”, que em português significam respectivamente: manutenção da paz, criação da paz, construção da paz.

O primeiro passo é interromper a violência física.

O Peacekeeping é uma barreira que se cria para se cessar as agressões. Frequentemente, essa função é desempenhada pelas forças de manutenção da paz da ONU ou de um grupo de países neutros. A sua finalidade não é resolver as diferenças existentes, tampouco negociar um acordo de paz. O Peacekeeping simplesmente atua para manter as partes separadas.

Existem no momento 16 operações de Peacekeeping da ONU no mundo. Contudo, o sucesso nem sempre é garantido, porque, no momento em que são convocadas, as forças da ONU já encontram uma situação de extrema dificuldade.

O segundo passo envolve a criação de um acordo entre as partes – o Peacemaking. Como a violência física já terá sido interrompida na etapa anterior, busca-se nesta etapa a cessação da discriminação contra os diferentes grupos religiosos ou étnicos envolvidos no conflito – a chamada violência cultural.

O Peacemaking trata de construir caminhos para que os diferentes grupos possam se comunicar e edificar o acordo de paz. Normalmente, essa tarefa é delegada a um mediador externo.

Mas é preciso mais que um acordo para trazer a paz a uma região: é preciso que a paz seja duradoura. Então, após o acordo de paz, é preciso instalar um processo de reconciliação e normalização das relações.

O Peacebuilding entra para tratar da violência estrutural, eliminando as contradições existentes na sociedade, com novas leis e instituições, criando uma sociedade mais justa, pacífica e igualitária.

O aumento do número de conflitos regionais na Ásia e Oriente Médio, magnificados pelos atos de terrorismo, faz com que, cada vez mais, precisemos de líderes preparados nas áreas da paz e resolução de conflitos. Os Centros Rotary pela Paz foram criados para identificar e treinar profissionais altamente qualificados para se tornarem agentes da paz. Desde 2002, mais de 1.000 especialistas em paz e resolução de conflitos foram formados pelo programa.

Através dos Centros Rotary pela paz, e a colaboração direta de mais de 70 anos com as Nações Unidas, o Rotary reforça o seu compromisso com a missão de promover a paz e a compreensão entre os povos.

Wan Yu Chih
Presidente da Comissão Distrital da Fundação Rotary 2016-2019

O que é Paz?

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Paz é uma das palavras mais utilizadas pela humanidade mas é, ao mesmo tempo, pouco entendida. O quanto conhecemos sobre a paz?

O mundo criou várias iniciativas globais em prol da paz: os Jogos Olímpicos, o Prêmio Nobel da Paz, e a ONU. O mundo também criou várias doutrinas para se manter a paz. Uma delas é a da Doutrina da Dissuasão. Criada durante a Guerra Fria, consiste em mostrar ao inimigo que o revide será desproporcionalmente maior que a própria agressão. Infelizmente isso acarretou no surgimento de várias guerras por procuração, como a do Vietnã, e na proliferação de armas atômicas pelo mundo.

A preservação da paz requer um esforço contínuo, com sacrifícios e dispêndio de recursos, do mesmo modo que a guerra. O Pacifismo, por exemplo, se opõe a qualquer forma de violência como meio de acertar disputas ou obter vantagem, e propõe a extinção das forças armadas pelas nações. Vários países adotaram essa doutrina, entre eles a Costa Rica.

Existem também teorias que defendem a adoção da democracia e do livre comércio, e que afirmam que nações democráticas nunca vão à guerra entre si, e que o livre comércio promove a paz – doutrinas amplamente aceitas hoje em dia.

Por último, mais que uma tese, existe a crença de que a chave para a paz está no desenvolvimento da boa vontade e compreensão entre os povos.

É justamente a missão do Rotary – Buscar a paz e compreensão entre os povos através de serviços humanitários – e junto com a Fundação Rotary, seu braço filantrópico, acredita que a paz é possível e trabalha para torná-la realidade. Por isso criou o Programa de Intercâmbio de Jovens do Rotary, um dos maiores do mundo, o Programa de Subsídios para projetos humanitários, a Iniciativa Global para a Erradicação da Poliomielite, e o Programa de Bolsas Rotary pela Paz.

Wan Yu Chih
Presidente da Comissão Distrital da Fundação Rotary 2016-2019